CADASTROS DE ARMAS NA BAHIA CRESCEU MAIS DE 70% DURANTE GESTÃO DE BOLSONARO; ENTENDA
O número de armas cadastradas na Bahia cresceu 77,73% entre 2019 e 2022, durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), com a aquisição de 24.259 armamentos durante o período. De 1996 até 2018, o total de armas registradas era de 13.649. Os dados foram obtidos pela Polícia Federal, através do Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (Sigma)
Das mais de 20 mil armas adquiridas entre 2019 e 2022, 4.639 foram cadastradas na categoria de “fuzil/carabina”, destas 1.744 possuem modalidade de disparo automático e 2.886 são semi-automáticas. Além disso, 15.859 pistolas e 3.756 armas espingardas/garruchas foram contabilizadas no sistema da PF.
Durante o período da gestão de Bolsonaro, 21.460 armas foram compradas para práticas “esportivas”, seja para a prática de caça (226), como também para clubes de tiros (21.234). Por fim, 1.706 armas foram compradas para “acervo cidadão”, e 1.069 para colecionadores de armamentos.
Em relação ao período de 1996, quando se tem os primeiros dados, e 2018, das 13 mil armas registradas pela PF, 1.775 foram estão na categoria “fuzil/carabina”, sendo 1.176 automáticas e 586 semi-automáticas. No período, também foram cadastrados 9.202 pistolas e 2.636 espingardas/garruchas.
Em relação ao período de 1996, quando se tem os primeiros dados, e 2018, das 13 mil armas registradas pela PF, 1.775 foram estão na categoria “fuzil/carabina”, sendo 1.176 automáticas e 586 semi-automáticas. No período, também foram cadastrados 9.202 pistolas e 2.636 espingardas/garruchas.
De 1996 a 2018, 6.967 armas foram registradas para fins esportivos, sendo 6.736 para clubes de tiro e competições, e 231 para caça de animais. Além disso, 5.011 foram adquiridas para o “acervo cidadão” e 1.615 para coleções.
FLEXIBILIZAÇÃO
A flexibilização no uso e na compra de armas foi uma das principais promessas de campanha do ex-presidente. Em fevereiro de 2021, Bolsonaro assinou quatro decretos que flexibilizaram o uso e a compra de armas de fogo no Brasil.
Uma das mudanças permitiu que pessoas autorizadas pudessem adquirir até seis armas; o governo também estabeleceu a permissão para que atiradores adquiram até 60 armas e caçadores, 30, só sendo exigida autorização do Exército quando superar essa quantidade.
No primeiro dia de mandato, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revogou decretos de Bolsonaro, estabeleceu novas regras e criou um grupo de trabalho que vai propor a atualização do Estatuto do Desarmamento.
Nos três primeiros meses de gestão, o número de armas cadastradas durante o governo Lula foi de 529. Com Bolsonaro, nos três primeiros meses em que foram flexibilizadas as aquisições de armamentos, esse número foi de 579.